quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

"...que até prefiro esconder"

E foi assim que terminou nossa conversa, sem fim.
Eu parecia estar lá naquele momento, mas minha cabeça estava em outro lugar.
Enquanto ele falava, meus pensamentos não conseguiam se concentrar na sua fala, só pensava em dizer tudo o que eu sentia e sem medo, abraça-lo.
Queria saber o que se passava dentro dele e o que me fazia sentir tão atraída pelo seu sorriso e histórias nem tão engraçadas assim...
Se tudo fosse mais simples, nos entregassemos sem medo, se os sentimentos posteriores não doessem e que fosse tudo eterno.
Mas não dá, eu to cansada de fazer e me arrepender depois.
Hoje eu vou dormir pensando no seu encanto, talvez adiante alguma coisa...

terça-feira, 16 de dezembro de 2008


É disso que eu falo.
Esses momentos onde existe apenas a solidão.
Vejo o lado bom desse caminho solitário, o rádio ligado, com as músicas que apenas eu gosto, meus livros jogados pela cama, as roupas penduradas no cabide do jeito que eu mesma quis.
Mas eu não me importo que entre alguém no meu quarto (diga-se vida) mas não digo qualquer pessoa, falo sobre alguém que me faça ter sensações como a emoção que eu nunca mais senti. Mas infelismente pareço longe de econtrar...
E é por isso que por enquanto eu fico aqui, apenas com meus pensamentos, esperando um dia que acredito que irá chegar, não sei se está longe ou perto, sou paciente.



segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Quem me dera...

Eu só queria um tempo, pra parar e pensar!
Tentar me conhecer melhor. Descobrir os misterios que vem de dentro de mim.
Poder ter uma visão ampla sobre os meus sentimentos.
Não corrigir os erros do passado, mas aprender com eles.
Cada vez que eu tento entender a minha posição em certos momentos, mais eu vejo que não conheço metade do que eu realmente sou.
Na verdade, eu acho que nunca vou me conhecer totalmente.
A cada situação nova que surge, uma reação nova é feita por mim.
Não concordo com tudo que eu faço. E quanto mais eu vivo, mais eu vejo que o melhor é tentar expor suas idéias, não reprimir tudo e guardar pra si própio.
Talvez expondo suas idéias, medos, histórias encontre alguém que te entenda.
Eu quero viver, me aventurar, conhecer novos mundos, novas idéias, novas pessoas, mas pra isso eu preciso da minha liberdade, o que no momento, eu não tenho.
Não apenas liberdade física, mas liberdade psicológica, não se importar com o que os outros pensam ou deixam de pensar.
Ás vezes tenho medo de estar vivendo um personagem, de não ser quem eu realmente sou, de estar sendo influenciada por tudo ao redor.Mas pensando bem, ninguém é um só alguém o tempo todo.Por isso vou levando, vivendo e tentando aproveitar o lado bom de tudo que eu vivi, vivo e viverei!

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Antes que seja tarde

A música triste é como um choro que toma conta do ambiente.
As teclas do piano tocadas delicadamente pelas mãos cansadas de um velho senhor, sentado em seu banco na mesma posição como há quarenta anos atrás.
E todos passam pelo salão elegantemente vestidos, com seus chales, smoking, gravatas e em suas mão martinis, champagnes e charutos. Mas ninguém repara naquele velho, velho moço com as marcas da vida em seu rosto e suas mãos devidamente tremendo, por causa da idade.
Por ali, só algumas poucas pessoas param observar a sensível cena e se encantar com a linda melodia, que por concidência ou não, foi tocada no dia do seu enterro, 3 dias depois da festa.
Que agora, deixa apenas saudades e nenhum ruído.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Retomando

Talvez essa musica entre na alma, por trás da solidão que cerca a voz e alcança o timbre da eternidade.
Mas ninguém sabe se eternidade realmente existe e se as luzes vistas na escuridão eram realmente secretas.
E se a farsa algum dia foi de verdade e realmente existiu.
E sobre a paz? Ela só vem ás vezes, quando a gente perde a conciência das palavras de arrependimento.
Mas a palavra não sai, são os gestos que nos fazem repensar.
E quando a memória apaga tudo que foi feito, não é você quem vai tentar um dia encontrar a melhor solução que te faz além da solidão, o céu.

sábado, 22 de novembro de 2008

Perguntas sem respostas.

O fogo esquenta,
a água apaga a chama
a fumaça ainda sobrevive,
e some pelo ar.
A paixão queima,
o amor machuca,
o tempo passa,
e some pelo ar.
A alegria arde
a tristeza a consome,
os sorrisos se apagam,
e somem pelo ar.
Depois de tudo sumir, pra onde tudo vai?

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Chegou a hora.

Foi tudo fruto de algo sem nome, que se transformou em dores pegajosas com minutos de ansiedade e felicidade, muitas vezes.
Eram velhos sorrisos convincentes e a materialização dos sonhos em realidade, estava cada vez mais próxima de ser alcançada.
Precisávamos enfeitar a nossa realidade, esquecer a solidão e pensar em fazer tudo o que antigos fatos não deixaram.
O beijo na ponta dos dedos em direção ao ar, jogado na sorte, até chegar ao destino programado.
Foi quando chegou a hora, tudo parou, o momento não existia e qualquer barulho ao redor era silêncio.
A atenção era toda voltada à simplesmente aquele velho desejo, que nunca pensei que fosse se realizar.
Posso dizer, mas não com total certeza que foi a mais verdadeira paixão de minha vida, não existiam corpos, eram apenas sentimentos, e o mais importante, puros.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Estrela perdida.

Mas exatamente naquela quarta-feira, ela estava silenciosa, mais do que o normal, refletia uma cara de cansaço como nunca antes.
E foi ali que ela percebeu que os holofotes iluminados não refletiam mais sua imagem na platéia, que lotada, aplaudia com desinteresse.
E aos poucos ela enfraquecia, sua pele antes bronzeada, havia se tornado pálida e ela utilizara dos produtos para dar uma falsa impressão de que sua beleza não havia ido embora.
Aquela noite estava sendo realmente insuportavel, nem a doçura de sua voz quebrou o silêncio obscuro.
Com voracidade incrível, abriu a porta e descalça foi correndo pelo jardim.
Na mesma hora sentiu uma liberdade particular, lembrou da humildade perdida no tempo e viu que já era hora de parar, antes que as cortinas vermelhas e aveludadas se fechasse completamente, sem direito de dar adeus!

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Eu sei o que to fazendo.

Eu escolhi um rumo que desorganiza meu mundo, não pela tentação sem fundamento, mas pela inexpressividade dos rostos ao redor, mesmo sabendo que por dentro, tudo, não é loucura, é a própia realidade que mistura pedaços de vidro e arte.
Sinto um silêncio?


-q(semana de provas, ultimo bimestre= textos pequenos)

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Se ao menos soubesse o que esperar

Minha inspiração vem do nada, do vazio que ocupa a imensidão.
Mas hoje, o vazio está ocupado, com a música que não para de tocar, não posso dizer se é felicidade ou o som de uma ansiedade, esperando algo como o nada, o escuro que me lembra o vazio e o vazio que me lembra o nada e depois de horas de pensamenots superfíciais, as lembranças não saem desse ciclo, que pede um pouco mais de lucidez.
Eu realmente não gosto da monôtonia.

domingo, 2 de novembro de 2008

Quando o final é sempre o mesmo...


-Muito de nada.

-Razão para o incerto.

-Eu não sinto vontade de dançar.

-Segure minha mão que eu te ensinarei. Sexta já vai estar apaixonada.

-Meus sentimentos não são comprados tão fácilmente assim-respondeu a mulher.

-Hum...De um jeito ou de outro o final é sempre o mesmo.-retrucou o homem.

-Seu pensamento não é compatível com o meu.

-Ah! Vamos curtir a noite, deixe isso pra depois

-Você é sempre assim?

-Só quando faço questão de ter.

-Ter o que?

-Isso importa?

-Quer saber? Não

-Então vamos curtir as luzes vermelhas antes do amanhecer.
Mais do que o amanhecer, no dia seguinte, passaram a tarde juntos.Cada um recolheu sua roupa. Não trocaram telefone nem nada. No caminho já não lembravam nada da noite passada. Isso importa? O final é sempre o mesmo...

(Já ouvi essa frase em algum lugar)

terça-feira, 28 de outubro de 2008

O que a gente pede é democracia e nariz de palhaço!

Participe nessa sexta-feira, do "PROTESTO PRÓ-MORALIZAÇÃO DEMOCRÁTICA NAS ELEIÇÕES"
Não fique parado, faça alguma coisa, use sua voz, pernas e cabeça!
Queremos um Rio mais justo, chega de palhaçada!
Eu, como uma menina de 15 anos, não tenho direito de votar, mas luto pela justiça do jeito que me é possível, faça isso também, não deixe a corrupção tomar conta, mais uma vez.
Vá às ruas protestar e exercer seu direito, mas sejamos pacíficos e transformemos isso, em um dia histórico, misturado com muito respeito e sem nenhum tipo de violência, já bastam todas as tragédias que acontecem por aí!
NÃO FIQUE FORA DESSA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

"Queremos deixar bem claro que nosso movimento é PACÍFICO, DEMOCRÁTICO, APARTIDÁRIO e ESPONTÂNEO.A CONCENTRAÇÃO DA PASSEATA COMEÇARÁ AS 12 HORAS, DO DIA 31/10(SEXTA FEIRA), EM FRENTE À CÂMARA MUNICIPAL DE VEREADORES E SAIRÁ EM TORNO DAS 13 HORAS RUMO AO TRE, SEGUINDO PELA TREZE DE MAIO ATÉ A AV. RIO BRANCO, DE ONDE SEGUIREMOS NA PRESIDENTE WILSON ATÉ O TRE. PEDIMOS QUE NÃO LEVEM BANDEIRAS, CAMISAS OU ADESIVOS DE PARTIDOS, TIMES DE FUTEBOL, GRUPOS RELIGIOSOS. SERÁ ÓTIMO QUE LEVEM BANDEIRAS DO RIO DE JANEIRO, BANDEIRAS DO BRASIL, NARIZES DE PALHAÇO E QUALQUER MANIFESTAÇÃO PACÍFICA E IMPARCIAL CONTRA O OCORRIDO."

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Palavras em uma folha de papel.


Desespero por trás dos sorrisos.
Promessas de quem um dia se amou.
Procurando felicidade em ninguém.
Descobre que além do infinito.
Se quer existe memória.
O que você planta é o que te alimenta.
Demagogia.
Covardia de quem o despreza.

domingo, 26 de outubro de 2008

Minha timidez.


As palavras, ás vezes somem e distraída, caio novamente nos pensamentos, talvez seja para disfarçar a verdadeira solidão.
Eu perco a conta de quantas vezes me distaíram e eu pacientemente justificava o porque dos rastros, em passos vagarosos.
Imóvel, com olhar no horizonte, prolongava a estadia em outras distrações.
Meu corpo, ardia só de lembrar as inúmeras vezes que me fizeram perder-me através da timidez, que insistia em aparecer nas horas erradas, quase sempre.
E quando eu o vejo, perco a fala, e o que antes era felicidade, se transforma em calafrios.


sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Quando bate o arrependimento...


E a vida vai passando e junto com tudo isso, você aprende muita coisa.
Ás vezes as coisas podem estar confusas, cinzas, sem propósito.
Mas aí vc abre os olhos e enxerga um caminho novo, de aventuras e riscos (que dependendo do contexto, podem ser muito proveitosos)
Não que a partir de agora meus planos e pensamentos mudaram totalmente, mas ás vezes, algumas palavras sábias, me fazem ver mais a frente e entender que nem tudo é como a gente quer, então, temos que ir por outros caminhos, aproveitar a vida sem medo do depois, deixar rolar, não se preocupar com o que os outros pensam ou não.
Meu humor é inconstante, mutável, eu finjo bem, por dentro, eu posso estar lá embaixo, mas, eu só deixo meus sentimentos verdadeiros aparecerem pra quem eu gosto e confio, pra quem com certeza vai me apoiar, independente da minha decisão.
Não julgo as pessoas antes de conhecê-las, até porque, ás vezes, eu posso me decepcionar muito, como muitas vezes já aconteceu.
Queria ser livre por um momento, fazer as coisas sem pensar e não me arrepender depois.
Quer dizer, eu sou livre pra fazer o que quiser, nada me impede, mas no final, querendo ou não, posso sofrer severas conseqüencias.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Insônia


E naquele quarto, além do colchão áspero, eu esperava o sono que não chegava.
A chuva batia nas janelas delícadas do apartamento e faziam um barulho assustador.
O alívio não vinha e eu não me sentia livre.
Começava a lembrar com cuidado das chances perdidas e tentava organizar na minha cabeça os fatos, que por medo, não concretizei.
Lembrava do ontem e da metamórfose que havia acontecido com o meu "sou" de uns tempos pra cá.
Pensei no rumo, no abismo, no amor e sequer bateu alguma esperança da minha realidade.
Certamente o que me fazia viver naquele instante, era a certeza de que o dia seguinte estava por vir.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Como se fosse fácil.

Mundo distintos, palavras opostas.
Rostos desconhecidos, corpos dançantes.
Se entrelaçam no ritmo do mar.
Que avança em direção a areia.
Beijos roubados, corações partidos.
Pés descalços, batidas num só compasso.
A felicidade da alegria instantânea.
O medo de ser só mais um.
O orgulho decandente por trás de olhares curiosos.
Cabelo ao vento, lábios se tocam.
Sútil arrependimento, vozes doces.
Grandes gestos desmerecidos.
Letras, canções.
Amor, alma e dias de ilusão.
Não deixe que nada te atrapalhe.
VIVA!

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Mente confusa.


Tá, talvez ninguém entenda o que eu quero dizer.
Não é apenas questão de sorte, é abrir os olhos para um outro mundo.
Explicar o que ninguém consegue entender, talvez seja a missão mais difícil de alguém conseguir completar.
Um sentimento sem nome, já senti antes, tentei descobrir o que era, mas não dá, é algo que prende e sufoca.
É mais ou menos como se você quisesse algo e não conseguisse, como você perdesse o rumo do seu objetivo.
Como se você tivesse traçado as linhas de maneira errada, mas de um jeito certo, apesar de serem sinônimos.

Frases feitas dá quase o mesmo sentido de vida traçada. Vida mónotona, sem emoção, tem momentos em que viver sem emoções radicais demais, é bom.
Afinal, ninguém gosta de se sentir preso, sem direito de respirar lá fora.
Os momentos são delicados, muitas vezem sentimos desconfiança e quanto mais eu vivo, mais eu vejo que não há limites para os dias.
Cada dia é um dia. Se hoje foi ruim, não significa que amanhã vai ser pior. Pelo contrário, você tem que passar por obstáculos para obter seu equilíbrio.

Não, não quero que tudo aquilo volte de novo. Sofrer não leva a nada, é uma experiência ruim e que te invade sem pedir, sem direito de resposta.
Quem sou eu pra dar conselhos a alguém?

Queria acreditar mais em mim, e pensar no que eu posso ser e conseguir.É estranho quando você por um momento volta ao que era antes, para pra pensar, e vê que tudo ao seu redor pode ser simplismente superficial.
Que as loucuras de Sexta feira a noite cansaram, que você quer ter alguém pra compartilhar seus medos bobos e assistir um bom filme na poltrona do cinema.
Mas logo eu abro os olhos e vejo que esse não é meu mundo. Fico decepcionada que para conseguir o que eu quero tenha que tentar mudar.
Eu sei, eu sei que tenho que ser quem eu realmente sou. Mas é difícil ao ver tudo mudar, manter o equilíbrio, sem equivocar o que já foi deixado pra trás um dia.
E antes, era só mais alguém mas agora sei lá, se transformou em tudo pra mim.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Talvez um dia volte



Quando era tudo felicidade, os sorrisos automáticos e o medo de perder não existia.
Foi em um dia, sem previsões mas talvez destino.
Me falou de suas histórias, morros, papéis e eu fiquei com aquilo na cabeça, não me lembro direito como tudo aprofundou.
A memória me falha, talvez pelo tropeços não tão atrapalhados que eu provei.
O gosto doce daquela noite e a cor escura onde os olhos não enxergavam direito o que estava por vir.
Me inspirei em alguns versos e me pendurei no vento que assoprava, com o clichê de um dia sem chuva.
E a partir dali, era tudo instante e se transformava em desgosto.
Talvez pela parte que feriu, eu não queira ver mais o sangue, que escorrendo, viu brilhar mais que a onda.
E que talvez fosse só impressão, de que tudo era unânime por parte da metade.
A metade do bolo que não lhe foi dada, pra mim, foi o melhor pedaço.

sábado, 18 de outubro de 2008

...



Abro a porta da minha casa, chamo o elevador, chego na portaria que por sinal está em obras, cumprimento o porteiro:
- Bom dia!
Ando em direção á praia, o céu estava um pouco nublado, atravesso a rua, passo pela ciclovia.
Chego no quiosque, peço uma água de coco, na rua não tem quase ninguém, o vendedor reclama da venda baixa que está fazendo por esses dias, que só chove.
Bebo toda a minha água de coco, não sobra uma só gota, estava deliciosa! Penso em pedir pra abrir e comer a carne que tem dentro, mas logo lembro de suas enormes calorias e desisto na mesma hora.
Pego uns trocados no bolso e pago ao moço.
Ando mais um pouco, vejo um casal de velhinhos andando abraçadinhos e sorrio. Eles sorriem de volta pra mim.
Olho pro mar, as ondas estão violentas e vou caminhando cada vez mais em direção a ele.
Cato umas conchas que estão por ali, sento na areia e as jogo em direção á agua, o som delas batendo no mar, me dá uma paz.
Eu fecho olhos, abro e vejo o céu.
Começo a sentir umas gotas de chuva pingando em mim, fico com preguiça de levantar e resolvo ficar por ali mesmo.
As gotas são refrescantes, o clima me faz deitar na areia, ouço um barulho irritante, como um apito, lembro que esqueci de botar meu celular pra carregar, provavelmente ele estava fazendo esse barulho porque acabará de perder sua ultima energia e havia desligado. Mas não preocupo com isso.
Fico por lá por mais algumas horas, espero a chuva passar.
Finalmente a ultima gota de chuva que havia de cair, cai e a chuva passa.
Me levanto com preguiça, me estico, verifico se minha carteira e meu celular estão no bolso.
Não tenho noção da hora, vou andando em direção á calçada, limpo a areia que ficou grudada no meu pé.
A rua estava mais deserta ainda.
Atravesso o asfalto, chego no meu prédio, entro na portaria e comprimento o zelador:
-Boa noite!
.....Ah, DOCE SOLIDÃO!

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Revolta!

Revolta!
É o sentimento predominante no momento.
Acabo de saber da notícia, do que amor é capaz?
Amor não, a loucura, mas não a loucura boa, mas insanidade dos malucos, os malucos de verdade. Aqueles que são capazes de qualquer coisa pra curar a própia dor, e transforma o sentimento em raiva.
Estava tentando ao máximo ficar longe dos telejornais e saber notícias de mais um caso, acho que não só eu, mas como todo mundo, achava que dali nada ia acontecer, era só mais uma história de paixão adolescente...
Havia acabo de sentar na mesa de jantar e ouço aquela musica do plantão da globo, fico alerta e olho para televisão, Fátima Bernardes aparece, "tragédia" a primeira palavra que eu ouço da boca dela, aperto os olhos e aguço os ouvidos, não estava acreditando que o final havia sido daquela forma.
E agora eu me pergunto, até onde? E o por que de tudo isso.
Não tem explicação plausível, as pessoas estão esquecendo qual o significado verdadeiro da palavra "amor" estão substituíndo por "paixão doentia".
O mundo tá cada vez mais doente, cada vez mais pessoas em clínicas e consultórios pra se curar das dores, não das dores físicas mas psicológicas. As dores do amor incopreendido na maioria das vezes.
Pra mim o amor era fazer de tudo para pessoa estar bem, mesmo ela não estando mais ao seu lado, é se arriscar por ela e ficar preocupada, mesmo se for por um corte pequenino, é não querer ver o outro sofrer e tentar fazer de tudo para continuar amigo, mesmo depois do amor acabar!
É, eu acho que ninguém nunca vai entender a cabeça dos doentes sem coração.
Pode parecer clichê, mas não tem frase melhor pra acabar: "All You Need is Love, love, love"

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Sobre os filmes de Chaplin.


Estava eu, deitada em um Domingo á tarde, chuvoso, sem absolutamente nada pra fazer...Eis que eu olho para uma caixa no meio da bagunça do meu quarto, ela era de papelão e havia o slogan do "Jornal do Brasil" no verso, com enorme preguiça, me estico de um lado da cama á outro, e com a pontinha dos dedos alcanço a caixa mistériosa.
Abro-a e me deparo com várias fitas vhs, com a imagem de Charlie Chaplin na lateral e no minuto seguinte me lembro do dia em que peguei-as num armário na casa da minha vó.
Também me recordei da emoção que senti ao ver 'O garoto' aquele "simples" filme preto e branco, sem nenhuma fala se quer, quando eu não tinha nem completado 8 anos, me fez chorar lágrimas verdadeiras, como nenhum outro filme antes havia feito. Sorri.
Por sorte e graças ao meu gosto de guardar 'velharias' (aliás,alguém disposto a vender uma vitrola? Seria MUITO bem vinda) no meio do dvd e o aparelho da net , lá estava ele, o meu velho e amado video cassete.
Sem pensar duas vezes, coloquei o filme, não me lembrava direito como se mexia naquilo, lembrei-me que tinha que rebobinar a fita, dei stop e fiquei esperando a fita voltar atééé o início, finalmente, play.
Começa o filme, meus olhos não desgrudavam da tela, o humor inteligente misturado com a emoção...Fiquei lá, por exatamente 55 minutos, sem me mover,extasiada pelas cenas.
E num piscar de olhos : Fim.
O filme foi tão bom que nem vi as horas passando...Ainda não estava satisfeita, e logo fui colocando o segundo filme: "Luzes da Cidade", belíssimo!
E em seqüencia vi o Grande Ditador, gênial! O discurso que Chaplin faz na ultima cena, é algo que não tem explicação, é simplesmente maravilhoso!
Minha tarde de Domingo não poderia ter sido mais agradável.
E vou logo avisando que a caixa já entrou pra minha estante de antiguidades preciosas e mesmo que achem "velho da minha parte" vou fazer de tudo para conserva-la, o mais tempo possível!

Tudo que vai.



O valor das pequenas coisas, as sobras no prato, o canto da cama onde você dorme, seu perfume e aquela sanduiche que só você sabe fazer.
Os seus segredos, seus traumas, frustrações.
A viagem daquelas férias de verão, aquele aperto no coração que só você sabe o motivo.
O seu amor platônico, seus dilemas nunca compartilhados e aquela rede onde você se deita nas tardes nubladas.
A cor de esmalte que você usa, seu cantinho predileto, sua canção favorita e seu livro de cabeceira.
O seu amor por coisas que só você dá valor, seus motivos, seus rancores e sua mágoas.
Os seus amigos, os que você realmente se importa. A sua família e abraços.
Além da sua memória, onde tudo isso vai ficar?

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Por trás dos sorriso.

Você já sentiu amor? E paixão?
Você já se sentiu pequenina perto de alguém?
Sua respiração já parou só de lembrar do cheiro magnifico de uma tal pessoa?
E arrepio? Já sentiu? O arrepio de sentir o abraço não tão demorado quanto você gostaria...
E o desprezo? como fica?
Não era o que você imaginava ser, toda a imagem da perfeição desaparece e cada vez mais, a mão que os unia vão se afastando.
E as palavras das vozes delicadas, desaparecem e não chegam aos ouvidos que ansiosos, esperam um aviso de que tudo se acabou.
E quando acaba? Como fica? O que sobra?
As lembranças doces daquele dia, onde tudo era perfeito?
Ou a raiva da traição oculta?
E o tempo que cura? Será que é cura mesmo?
O arrependimento de não ter colocado pra fora tudo o que queria, de não ter realmente demonstrado quem você é, de parecer ridícula tentando ser forte e fingindo que nada aconteceu.
E quando os olhares, na rua, se cruzarem novamente?
Sorrisos sem calor, sem emoção, como se nada tivesse acontecido algum dia, naquela mesma tarde perfeita, do mês anterior, onde os mesmo lábios que agora sorriem forçadamente, se tocavam com o mais sincero dos sentimentos.