sábado, 22 de novembro de 2008

Perguntas sem respostas.

O fogo esquenta,
a água apaga a chama
a fumaça ainda sobrevive,
e some pelo ar.
A paixão queima,
o amor machuca,
o tempo passa,
e some pelo ar.
A alegria arde
a tristeza a consome,
os sorrisos se apagam,
e somem pelo ar.
Depois de tudo sumir, pra onde tudo vai?

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Chegou a hora.

Foi tudo fruto de algo sem nome, que se transformou em dores pegajosas com minutos de ansiedade e felicidade, muitas vezes.
Eram velhos sorrisos convincentes e a materialização dos sonhos em realidade, estava cada vez mais próxima de ser alcançada.
Precisávamos enfeitar a nossa realidade, esquecer a solidão e pensar em fazer tudo o que antigos fatos não deixaram.
O beijo na ponta dos dedos em direção ao ar, jogado na sorte, até chegar ao destino programado.
Foi quando chegou a hora, tudo parou, o momento não existia e qualquer barulho ao redor era silêncio.
A atenção era toda voltada à simplesmente aquele velho desejo, que nunca pensei que fosse se realizar.
Posso dizer, mas não com total certeza que foi a mais verdadeira paixão de minha vida, não existiam corpos, eram apenas sentimentos, e o mais importante, puros.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Estrela perdida.

Mas exatamente naquela quarta-feira, ela estava silenciosa, mais do que o normal, refletia uma cara de cansaço como nunca antes.
E foi ali que ela percebeu que os holofotes iluminados não refletiam mais sua imagem na platéia, que lotada, aplaudia com desinteresse.
E aos poucos ela enfraquecia, sua pele antes bronzeada, havia se tornado pálida e ela utilizara dos produtos para dar uma falsa impressão de que sua beleza não havia ido embora.
Aquela noite estava sendo realmente insuportavel, nem a doçura de sua voz quebrou o silêncio obscuro.
Com voracidade incrível, abriu a porta e descalça foi correndo pelo jardim.
Na mesma hora sentiu uma liberdade particular, lembrou da humildade perdida no tempo e viu que já era hora de parar, antes que as cortinas vermelhas e aveludadas se fechasse completamente, sem direito de dar adeus!

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Eu sei o que to fazendo.

Eu escolhi um rumo que desorganiza meu mundo, não pela tentação sem fundamento, mas pela inexpressividade dos rostos ao redor, mesmo sabendo que por dentro, tudo, não é loucura, é a própia realidade que mistura pedaços de vidro e arte.
Sinto um silêncio?


-q(semana de provas, ultimo bimestre= textos pequenos)

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Se ao menos soubesse o que esperar

Minha inspiração vem do nada, do vazio que ocupa a imensidão.
Mas hoje, o vazio está ocupado, com a música que não para de tocar, não posso dizer se é felicidade ou o som de uma ansiedade, esperando algo como o nada, o escuro que me lembra o vazio e o vazio que me lembra o nada e depois de horas de pensamenots superfíciais, as lembranças não saem desse ciclo, que pede um pouco mais de lucidez.
Eu realmente não gosto da monôtonia.

domingo, 2 de novembro de 2008

Quando o final é sempre o mesmo...


-Muito de nada.

-Razão para o incerto.

-Eu não sinto vontade de dançar.

-Segure minha mão que eu te ensinarei. Sexta já vai estar apaixonada.

-Meus sentimentos não são comprados tão fácilmente assim-respondeu a mulher.

-Hum...De um jeito ou de outro o final é sempre o mesmo.-retrucou o homem.

-Seu pensamento não é compatível com o meu.

-Ah! Vamos curtir a noite, deixe isso pra depois

-Você é sempre assim?

-Só quando faço questão de ter.

-Ter o que?

-Isso importa?

-Quer saber? Não

-Então vamos curtir as luzes vermelhas antes do amanhecer.
Mais do que o amanhecer, no dia seguinte, passaram a tarde juntos.Cada um recolheu sua roupa. Não trocaram telefone nem nada. No caminho já não lembravam nada da noite passada. Isso importa? O final é sempre o mesmo...

(Já ouvi essa frase em algum lugar)