terça-feira, 17 de agosto de 2010

Eu não quero te falar toda a verdade e depois não saber o que dizer.
Não quero olhar nos seus olhos sabendo que tudo não é mais segredo.
Prefiro assim, e se um dia cometermos o erro de não sabermos mais quem nós somos; não vou lhe prometer que a estrada vai ser curta depois disso.
Fico no meu canto, esperando com pudor que um dia, veja que é além dos sentimentos o que eu digo quando te olho nos momentos em silêncio.
A sombra que tanto persegue; em cada
passo
meu
lá está ela
Sabe de todos os meus segredos
Vejo-a
Parada ali.
Na minha frente
Me observando enquanto amarros os meus cadarços.

Dança por entre curvas

Me sinto dançando por entre tuas curvas.
O espelho reflete tudo e não esconde nada.
Apago os holofotes.
É bonito e forte nosso gestos, nossas mãos se tocam e nossos olhares se encontram.
Me balanço, me penduro em seu corpo.
Você está flutuano, eu vejo a fumaça saíndo entre os seus movimentos.
Seus dentes mordiscam seus lábios inferiores.
Sinto o fogo, beijo-lhe os cabelos castanhos e vejo em seu rosto a inocência, a mesma inocência que me veste no momento.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

É leve como a pluma que caída no chão, ao vir um vento, voa novamente. E vai lentamente como se não tivesse hora pra chegar, nem ao menos um lugar.
Às vezes penso que queria ser ela, tão sensível a qualquer movimento, seja ele brusco ou não.
Em outras horas, a olho simplesmente com pura pena; não ter um caminhado planejado a seguir, me faria enlouquecer. Gosto muito da liberdade, mas não de tanta ao ponto de nem ao menos saber quem eu sou.
Quando vejo em seus olhos de jabuticaba a escuridão, me arrepio toda e não consigo pensar em outra coisa. Depois me deparo com a claridade da sua pele, branca como leite, pálida como seu sorriso e logo me acalmo.
Seu destino eu não sei, seu nome muito menos, prefiro chama-la carinhosamente de vida, doce vida.
-Venha vida, lenta ou rápida, vem vida, quero vive-la!
E de tão assanhada que é , inventou até seu própio verbo.