sábado, 21 de abril de 2012

Foi um grande impacto





É somente o erro de acreditar que a loucura ao ponto de se esgotar pode ter sido algum modo de libertação, de ser o grito do forte ou a mudez do fraco. Onde a essência não é o orgulho.
A prova do veneno pode fazer parecer a experiência imensurável, pelas sensações absorvidas sem encanto daquele mesmo prazer apenas do instante.

E por todo doloroso que foi, e como e quanto. Faria de algo inconsolável apenas o inalcançável dos gestos presos pelos excessos.
Sinto a pureza do sensível, do desgosto que no seu rosto já não existe mais.
E nem que eu queira. Eu posso e sinto a alegria arranhando como um grão areia arranha o asfalto, e não dói. É sereno. No entanto, o impacto do susto me transformou no que voluntariamente percebi há tempo, mas o desamparo era tanto que não tinha jeito de parar.
Acordei como se fosse um pesadelo da minha própria realidade a qual eu mesma havia transformado em algo sem pudor.

Mas não teria sido melhor sem as experiências, apesar de tudo, me transformei no que hoje sou por causa delas. Acredito, embora seja difícil de explicar.



terça-feira, 17 de agosto de 2010

Eu não quero te falar toda a verdade e depois não saber o que dizer.
Não quero olhar nos seus olhos sabendo que tudo não é mais segredo.
Prefiro assim, e se um dia cometermos o erro de não sabermos mais quem nós somos; não vou lhe prometer que a estrada vai ser curta depois disso.
Fico no meu canto, esperando com pudor que um dia, veja que é além dos sentimentos o que eu digo quando te olho nos momentos em silêncio.
A sombra que tanto persegue; em cada
passo
meu
lá está ela
Sabe de todos os meus segredos
Vejo-a
Parada ali.
Na minha frente
Me observando enquanto amarros os meus cadarços.

Dança por entre curvas

Me sinto dançando por entre tuas curvas.
O espelho reflete tudo e não esconde nada.
Apago os holofotes.
É bonito e forte nosso gestos, nossas mãos se tocam e nossos olhares se encontram.
Me balanço, me penduro em seu corpo.
Você está flutuano, eu vejo a fumaça saíndo entre os seus movimentos.
Seus dentes mordiscam seus lábios inferiores.
Sinto o fogo, beijo-lhe os cabelos castanhos e vejo em seu rosto a inocência, a mesma inocência que me veste no momento.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

É leve como a pluma que caída no chão, ao vir um vento, voa novamente. E vai lentamente como se não tivesse hora pra chegar, nem ao menos um lugar.
Às vezes penso que queria ser ela, tão sensível a qualquer movimento, seja ele brusco ou não.
Em outras horas, a olho simplesmente com pura pena; não ter um caminhado planejado a seguir, me faria enlouquecer. Gosto muito da liberdade, mas não de tanta ao ponto de nem ao menos saber quem eu sou.
Quando vejo em seus olhos de jabuticaba a escuridão, me arrepio toda e não consigo pensar em outra coisa. Depois me deparo com a claridade da sua pele, branca como leite, pálida como seu sorriso e logo me acalmo.
Seu destino eu não sei, seu nome muito menos, prefiro chama-la carinhosamente de vida, doce vida.
-Venha vida, lenta ou rápida, vem vida, quero vive-la!
E de tão assanhada que é , inventou até seu própio verbo.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Todas as noites são iguais de longe os disfarces parecem reais.

domingo, 17 de janeiro de 2010

Não sei se posso chamar de nostalgia, mas fez parte de um passado. Não chego a sentir saudades, até hoje tenho receio do que foi, não lembro direito dos sorriso, mas se me recordo bem, havia irônia naqueles rostos.
Chegava a ser desagradável quando havia descanso, era o tempo todo a procura de sair do mundo e sobrepor qualquer pensamento que levasse de um lugar a outro como pedras coloridas que brilham na imensidão do céu de lucy.