sábado, 28 de fevereiro de 2009

A alegria momentânea do carnaval!

Se há época do ano em que sou mais feliz, não posso deixar de lado o carnaval.
Não só pela musica ou a alegria estampada no rosto, falo das moças e moços.
A rua fecha é só deixa de passagem quem é feliz, não encontro sorrisos assim, desde o dia que não volta mais.
A tristeza pode ter vindo antes, mas a gente supera.
Blocos ensaiados, cantos improvisados de um dia de verão, o calor a gente esquece e se aquece nos braços de quem começou.
A saia do vestido a voar, rodar, coloridas, cabelos ao vento.
Beijos, beijos intermináveis!
No balanço, sem cair!
Fique aqui, não vá embora!
Tamborim, capoeira, agogo.
É só felicidade a partir da agora, queria pra sempre nesse instante.
Fique aqui, não vá embora.
O malandro, chapéu na mão e copo na outra. O sapato engraxado suavimente pelo engraxate da esquina.
A garçonete sabe que ainda está longe do dia de folga, chama daqui, chama dali, cadê a conta?
O jovem dançando no meio do salão, o velho sentado em sua mesma mesa de sempre, a sorrir.
Fique aqui, não vá embora!
Os arcos da lapa são patrimônio histórico.
A sapatilha da mulata, dos cabelos elegantemente enrolados.
Não acho palavras que expliquem. Mas venha pra cá!
Fique, fique aqui e não vá se embora antes do dia nascer!
Carnaval assim, não só se tem uma vez na vida, mas isso é bobagem, aproveite sempre como se fosse o ultimo.
O dia corre e o tempo passa, amanhã já não existira mais fólia, e a mesma alegria de antes, não vai durar.
Não falo sobre melancolia, mas sobre relembrar tudo o que não foi deixado pra trás, e ao pensar lá no fundo, esqueça, a vida não é feita de confetes o tempo todo.

domingo, 15 de fevereiro de 2009

É tanto quanto pouco.


Se do meu choro saíssem as palavras que tanto queria ter dito naqueles ultimos segundos antes de eu ir embora, talvez, por falta de acontecimento, os fatos se concretizariam com o cuidado de algum tempo entre o céu e a terra, sem resumo. E deixaria que as palavras escritas, fossem só solidão. Mas há algo além disso, faço loucura e transformo todo o peso em pluma. Com cuidado, ando sem me arrepender. Isso tudo, antes de chegar a realidade nada confortante.
Enquanto estou aqui, me imagino e realizo por fora, tudo o que acontece por dentro.
A certeza de que todo aqueles sonho anterior fosse desejo, deixou de ser apenas uma verdade, mais que isso, abriu em pedaços. Machuca. E é agora que realmente sinto a dor.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Monólogo sem mim.

O que é mais importante pra você?!
Ué, depende do sentido da pergunta, faz tempo que procuro em você uma verdade.
O seu olhar quase nunca me diz nada.
E se eu pular, você me pega lá embaixo?
É só por diversão tudo isso?
Se meus sentidos não me impedissem de tentar o que eu realmente desejo, mudaria muita coisa.
Mas não quero mudar você! Nunca.
Posso mudar com você, seja pra onde for.
Gosto sei lá por quê. Mas me alivia. Cadê a dor?!
Isso eu não sei mais, se foi há muito tempo mesmo!

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

De encontro com o nada.

Olhe o silêncio do branco.
Mas não é a paz que sinto agora.
O sono vem de encontro, mas o caos continua acordado.
O gole d´água gelada, refresca minha garganta e pensamentos.
Escorre pelo canto da boca a gota que escorreu, não seguiu o rumo das outras.
Queria ter uma história pronta, com um pouco mais de racionalidade e por que não, lucidez?
A música que toca, me lembra algo que vivi com intensidade mas já não existe mais.
Estou pronta para tudo de novo, acredite.
Vem vida, lenta ou rápida.
Vem vida, quero vivê-la!

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

I will follow you into the dark.

Porque tudo o que a gente vive, não é a toa.
E se você está triste agora, foi por algum motivo, sempre tem um, por mais que não saiba claramente de sua existência.
O amor acaba comigo, aos poucos, é um aperto no coração, vontade de esquecer de tudo e chorar apenas.
Nunca foi feliz nessa questão, sempre desperdiço minhas oportunidades e elas somem das minhas mãos como grãos de areia que escorrem.
E se olho pro céu e há nuvens, não posso ter certeza que vai chover. O talvez nunca some.
Se da minha janela não vejo qualquer fundo de esperança se quer, não penso em mais nada, não consigo esquecer e se tento, volta pra mente, como um furacão.
É tudo dor, serve pra disfarçar o que um dia nunca foi feliz de verdade.
Pela solidão, faço besteira, me vejo nos braços de quem não queria, prazer instantâneo, o arrependimento vem em grande escala depois de uma noite de sono.
O despertador toca, não acordo, desligo-o e penso em esquecer o mundo, aquele momento não deveria estar existindo na minha cabeça, naquele instante.
Por favor, faça a alegria voltar para alguém que nunca foi feliz de verdade, não nessa vida.