segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Carta não endereçada.


Foi só susto, medo de perder, talvez.
Hoje olho sem lembrança, raramente vontade tenho de te abraçar.
Não sei se foi bom, mas mudou.
Não derramei uma gota de lágrima se quer, muito menos gota de suor, não me bateu nervosismo,minhas mãos não ficaram geladas nem trêmulas.
Meu sorriso foi falso, bem feito. Digo e repito sem me arrepender das palavras sem valor.

O cheiro do perfume já não me é lembrança boa. Não mesmo, não duvide disso.
Já conheço todas as suas roupas de cor, nenhuma mais me agrada, quer saber? Não fazem meu estilo, nem nunca fizeram.
Se te desejo algo de bom é irônia pura. Pura no sentido cru da palavra.
E só de pensar em tudo, me amarguro de tanta perda de tempo que foi.
É, fácil assim, como termina um ponto final.